Adabo Salanje, personagem de um dos contos do escritor moçambicano Mia Couto no livro Estórias Abensonhadas, comparte existência no “bairrinho de Muitetecate” com um “poderoso espiriteiro” que é capaz de adivinhar o dia da morte de qualquer pessoa.
Constantemente encorajado por muitos a consultar os serviços do adivinho, Salanje se escusa questionando a utilidade de tal conhecimento. “Para fazer o quê? Certas felicidades só chegam com o não saber. Aprendemos a viver não é para terminarmos. A luz não aceita seu futuro: ser poeira.”
Parecia ser que Salanje ia levando sem grandes sobressaltos a sua firme decisão “até que uma noite...”.
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